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terça-feira, 29 de julho de 2014

[TOADA] ARREIO DE OURO - MEU GIBAO VELHO REMENDADO



LETRA

Meu gibão velho remendado, De tanto eu correr rasgou,
Me faz lembrar ao passado, Nos tempos do meu avô,
 Em 98 anos, veio um cristão desumano, Levou, me deixo impando.
Sentindo tristeza e dor.

 Ninguém somava o valor Daquele velho gibão, Um vaqueiro sem pudor,
 Me fez essa traição, Usar outro não tem jeito, me sito insatisfeito,
 Porque veio mal sujeito, levou meu gibão de couro.

 Meus olhos são rio de choro, No meio da rapaziada,
 Não inveje seu colega, quando ele entrar na mata fechada,
Já foi meu gibão meu gorro, Sem meu gibão eu não corro,
 De desgosto eu quase morro, Pra mim morreu vaquejada.

 Tantas festas organizadas, Pra corre boi na madeira,
 Dez gibão novo não serve, Pra mim dá uma carreira,
 E o consolo é quem me resta, Quebrar meu chapéu na testa
Ficar bebendo nas festas, de guarda peito e perneira.

 E eu peço a classe vaqueira, Que brinque sem ter desaforo,
Não inveja sem colega, quando ele pegar um touro,
São palavras de Zé Dinga que se afastou da caatinga
Por que levaram a mingua seu gibão velho de couro.

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